quarta-feira, outubro 26, 2005

A atitude civica do dia...

... tirando o lado religioso que me põe sempre bastante desconfiada, parece-me uma iniciativa muito interessante: Banco do Tempo.

Segundo a Lifecooler:

"Banco de Tempo - Invista em si"

"Imagine que é perito em bricolage mas não percebe nada de costura. Lá em casa já não há mais nada para arranjar, mas acumulam-se as camisas sem botões. Agora, imagine que encontra um ás da agulha e linha à procura de alguém que lhe dê umas lições de cozinha. Um problema bicudo? Tudo se resolve aos balcões do Banco de Tempo.
Trocado por minutos: O Banco de Tempo é um banco em quase tudo igual aos outros. Tem agências, horário, cheques e depósitos, com a particularidade de usar o tempo como moeda de troca. Troca é a palavra exacta, neste caso, uma vez que qualquer investidor que esteja disposto a disponibilizar uma hora do seu tempo recebe, em retribuição, uma hora para utilizar em benefício próprio.
Há ainda uma outra característica que distingue o Banco de Tempo dos bancos a que estamos habituados: é que nestas transacções não é a instituição quem fica a ganhar a maior parte. São os clientes.
A iniciativa partiu do Graal, um movimento transnacional de mulheres cristãs, de diversas gerações e culturas, motivadas pela promoção de um mundo mais solidário, conforme o sentido simbólico da lenda que deu origem ao nome do movimento. Em Portugal, o movimento do Graal começou em 1957 com Maria de Lourdes Pintassilgo e Teresa Santa Clara Gomes.
Uns para os outros: o modelo do Banco de Tempo teve as suas origens em Itália, nos anos 1990. O Graal começou a trabalhar neste projecto no início de 2001, depois de ter contactado com o conceito em Barcelona, na Associação Salut Y Família, que desenvolve um projecto semelhante em Espanha, e as primeiras agências abriram portas entre nós no início de 2002. O papel do Graal no Banco de Tempo corresponde ao do Banco Central - é essencialmente a entidade integradora e impulsionadora. Apoia o funcionamento, facilita a criação de novas agências e promove a divulgação nacional e a interacção internacional.
A ideia é "matar dois coelhos com uma cajadada só". Ou seja, por um lado, ajudar a resolver os problemas do dia-a-dia de quem tem, para isso, falta de tempo; por outro, dar oportunidade aos interessados em ajudar os outros e em participar activamente na vida da sua comunidade. Como é que se dá este encontro?
Para já, poderá encontrar agências do Banco de Tempo em Abrantes, Alcobaça, Alfena, Amadora, Coimbra, Funchal, Lisboa (Nª Sra. de Fátima), Montijo, Ponta Delgada, Póvoa de Varzim, S. João da Madeira, Telheiras, Torres Novas e Valongo. O ideal é contactar o "Banco Central" pelo telefone 213 546 831 ou pelo e-mail bancodetempo@graal.org.pt, para saber contactos destas e de outras agências que possam abrir entretanto.
Manual de instruções: não há dinheiro envolvido nestas operações - a unidade de troca é a hora. Os interessados dirigem-se a um balcão do Banco de Tempo e inscrevem-se como membros ("pagando", para isso, uma quota anual de quatro horas), especificando as suas capacidades e os seus contactos. Recebem um cartão de identificação, um livro de cheques e a lista dos serviços disponíveis nessa agência. Os serviços trocados entre membros devem corresponder a actividades não profissionais, no espírito da "boa vizinhança", e podem variar entre acompanhamento a crianças, actividades recreativas, bricolage, ajuda doméstica, cozinha e lavoures, secretariado e burocracia, assistência a animais e plantas, companhia e lições diversas.
O primeiro passo é solicitar um serviço à agência, que tratará de pôr o cliente necessitado em contacto com aquele que, de entre os que possui em carteira, mais se aproxima do perfil requerido. Depois de realizada a tarefa, o pagamento das horas nela empregues (que têm exactamente o mesmo valor para todas as tarefas, uma vez que o que conta é o tempo) é feito através de um cheque do Banco de Tempo, que o prestador do serviço deverá depositar na sua conta. Quer isso dizer que, se tiver ganho um cheque de duas horas, está apto a solicitar duas horas de assistência para si, em qualquer uma das actividades contempladas pela sua agência.
Assim se resolve o problema levantado no início do texto, e muitos outros. Basta, para isso, algum tempo disponível, boa vontade e sentido de comunidade. Simpático, não lhe parece?"

Para mais informações, consultem: http://www.graal.org.pt/

1 Comments:

Anonymous Anónimo tem a dizer o seguinte...

Parabéns por duvulgar o vegetarianismo :)

2:26 da tarde  

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