segunda-feira, agosto 21, 2006

Sugestões para estes dias...

V Festival Internacional de Máscaras e Comediantes
De 21 de Agosto a 10 de Setembro
"Pelo segundo ano consecutivo as portas do Castelo de S. Jorge abrem-se à Commedia dell’ Arte para o V Festival Internacional de Máscaras e Comediantes. Para quem está pouco familiarizado com este género teatral diga-se sucintamente que tem origem na Idade Média, é representado com máscaras e tem uma forte componente de improvisação. Para a edição deste ano está assegurada a presença de três companhias estrangeiras - a italiana Santibriganti, a belga Compagnie pour Rire e a inglesa Ophaboom - e quatro portuguesas - Peripécia Teatro, Teatro ESTE, Teatro Instável e a FC Produções Teatrais que produz e organiza o certame com a colaboração da EGEAC. Para além dos espectáculos no Castelo, o Festival propõe, no Museu da Marioneta, um ciclo de conferências e o já habitual estágio de Commedia dell’ Arte para actores, ministrado, este ano, por Ferruccio Soleri, professor na “Scuola di Teatro del Piccolo” de Milão e um dos poucos depositários da tradicional “representação à italiana”. Destaque ainda para a exposição do cenógrafo e fabricante de máscaras Renzo Antonello.

Internet: www.filipecrawford.com
Informações Úteis: 213 959 417 (Teatro Casa da Comédia)
Programação: aqui "

Lisboa cultural

Mais informações:
- Diario digital
- Correio da manha
Para adultos e crianças: Cursos de teatro em Lisboa
"Estão abertas as inscrições para o Curso de Expressão Dramática ministrado pelo actor/autor e encenador Bruno Schiappa, que funciona anualmente nas instalações do Chapitô, ao Castelo, em Lisboa.

O curso – que se destina a adultos, com ou sem experiência de teatro – decorre em horário pós-laboral e baseia-se no Método de Lee Strasberg, ou seja, nas técnicas de interpretação naturalista.

As aulas acontecem às segundas e quartas-feiras, das 19h00 às 21h00, e para obter informações mais específicas ligue o telefone 21 885 55 50.

Entretanto, também em Lisboa mas na Casa d’Os Dias da Água, na Estefânia, vai decorrer de 4 a 15 de Setembro, uma Oficina de Teatro para Crianças, destinado a crianças dos 6 aos 12 anos.

Orientada pela actriz Cristina do Aido, a oficina ocupará apenas as manhãs ou as tardes das crianças, de segunda a sexta, e encerrará com a apresentação de um trabalho final, ao qual os familiares e amigos poderão assistir.

Inscrições das 10h30 às 18h30, pelo telefone 21 314 03 52 ou pelo fax 23 110 61 03."

Correio da manha
Gulbenkian mostra curtas de curso de animação 3D
"Uma rifa de ouro", diz João Real sobre a oportunidade de frequentar o curso de cinema de animação 3D promovido pela Fundação Gulbenkian, que culminou com a apresentação, na sexta-feira passada, de quatro curtas-metragens feitas pelos alunos.

Iniciado em Abril, e leccionado por uma equipa pedagógica da Ecole Supérieure d'Informatique et de Communication de França, o curso tinha como objectivo dotar os alunos dos conhecimentos suficientes para realizar, com algum grau de autonomia técnica, uma breve animação.

Perante uma audiência reunida no Centro de Arte Moderna, em Lisboa - onde as animações estão em exibição, em contínuo, das 10.00 às 17.00, até dia 27 -, os 11 participantes do curso, com idades entre os 24 e 33 anos, partilharam as suas impressões de quatro meses a descobrir a realidade "sem regras" do 3D.

"A Catarina desenvolveu mais o cérebro e eu o coração", avança Bruno Canas, sem réstia de ironia, sobre a execução de Tilt, uma viagem de um minuto e 11 segundos ao interior do corpo humano, na qual trabalhou com Catarina Barata e Elsa Loff.

Inspirado num provérbio finlandês ("Viaja dentro de ti mesmo e lembra-te que lá estiveste"), Tilt explora o sentimento de apatia e a forma como os vários órgãos do corpo processam essa sensação. "Muitas vezes sentimos coisas que não conseguimos explicar, por isso pusemos esse mundo interior em imagens", explicou Elsa.

Pierre-Gilles Stehr, realizador francês e coordenador pedagógico do curso, enumerou, ao DN, os desafios colocados pela animação 3D: "A técnica, embora os princípios de animação sejam sempre os mesmos; e a escolha do tema, uma vez que se podem evitar todos os princípios da realidade e produzir algo do nada."

A única regra imposta aos grupos de trabalho - utilizar a mesma imagem fixa (de um relógio derretido), no início e fim dos seus filmes -, partiu precisamente de uma preocupação de "contenção criativa". Um constrangimento que os filmes incorporaram criativamente nas suas histórias, como mostra Split, que parte a imagem ao meio. "Tínhamos a imagem de referência, o tempo, que foi o conceito que trabalhámos, e foi daí que surgiu a ideia de dividir o ecrã em dois tempos", disse Emanuel Raimundo, um dos autores.
Numa realidade onde se pode "fazer tudo" e "quebrar todas as regras", o tempo continua a ser a maçã de Newton. "O 3D é algo que consome muito tempo, os computadores não trabalham sozinhos e também levam o seu tempo", diz Pierre-Gilles, que tem esperança que os talentos agora revelados não sejam desperdiçados. "Não existe absolutamente nenhuma indústria em Portugal, por isso não os podemos simplesmente abandonar. Isto foi apenas um pequeno teaser sobre o que a animação em 3D pode ser", afiança.

Descreve os seus alunos portugueses como "muito envolvidos, motivados e sempre atrasados". O tempo, na imagem do relógio e como recurso escasso, admitiram todos, influenciou os trabalhos finais. "Se tivéssemos tido mais tempo, talvez a nossa história fizesse mais sentido", reconheceu Vasco Portugal, co-autor da curta The Doubtful Guest, suscitando uma resposta imediata do seu colega de equipa, Diogo Pereira. "Mas é por isso que tem graça."

Diário de noticias
Lisboa: Associação abre espaço para espectáculos «alternativos»
"Personalidades ligadas ao meio cultural criaram um espaço na Baixa lisboeta que vai acolher, a partir de Setembro, espectáculos «alternativos» e ateliês de aprendizagem, destinados a um público jovem e estudantes.

Criada recentemente, a Bacalhoeiro, uma associação cultural sem fins lucrativos, pretende colmatar «uma certa dificuldade que existe em Lisboa de encontrar espaços para iniciativas mais alternativas, como performances, teatro, música ou dança», afirmou à Lusa Pedro Fidalgo, um dos mentores do projecto.

«Há poucos espaços para pessoas mais jovens e coisas mais vanguardistas, menos formatadas», afirmou, adiantando que o público-alvo se situará entre os 18 e os 35 anos.

Instalado na rua dos Bacalhoeiros, o espaço é aberto a iniciativas de grupos culturais, já que a associação «não tem projectos próprios».

A associação pretende dedicar os domingos às crianças, e vai acolher já em Setembro três «workshops»: ourivesaria em esmalte, cerâmica artística e audiovisual.

O espaço terá um bar em funcionamento e um ponto de acesso wireless (sem fios) à Internet, que poderá ser utilizado por estudantes.

Sobre a localização escolhida, a Baixa lisboeta, Pedro Fidalgo, explicou que «as pessoas deste meio cultural circulam muito no centro da cidade».

«Não queríamos sair deste espaço, desta envolvência física», referiu, acrescentando que a Baixa é um local «para onde existem vários projectos de dinamização, nomeadamente da Câmara de Lisboa».

O programa da Bacalhoeiro inclui a exibição de documentários no âmbito do «Ciclo Revolução», às sextas-feiras e, aos domingos, o espaço é dedicado às «experiências acústicas», desde a música clássica ao jazz.

Para cada sábado de Setembro estão previstas iniciativas diferentes: um encontro dedicado à cultura negra, uma exibição de «Metrópolis», de Fritz Lang, um filme mudo que será acompanhado por música ao vivo, uma «performance instalação» e um café-teatro.

No dia da abertura, a 1 de Setembro, será inaugurada uma exposição de fotografia.

As crianças contarão com um espectáculo de teatro de marionetas, nos domingos dias 10 e 24.

Nos restantes domingos do mês, serão exibidos filmes de animação."

Diario digital