quinta-feira, março 16, 2006

Infelizmente, hoje não vou poder ir mas...

... recomendo vivamente: hoje, às 22h30 Ursula Rucker no Lux!
É um daqueles casos de paixão à primeira e última vista... o meu-mais-que-tudo falava dela como uma fantástica colaboradora dos 4Hero, lia coisas sobre ela e mais curiosa ficava... no lançamento do primeiro albúm, ouvimos uma música da Rádio Oxigénio (quando ainda era boa) e apaixonei-me! Corri a comprar o albúm e devorei cada letra e cada nota musical... não fomos ao seu primeiro concerto (acho que foi no S. Luiz) porque calhava no meu dia de anos ou algo parecido mas quando cá voltou para encantar o Lux (em Novembro de 2003), não pudemos faltar. Vim de Faro e fomos um grupinho bastante curioso... no fim, foi unânime, a frase para o resumir ("copiada" pelo Blitz para título da sua crítica): Ursula maior :)
É uma das minhas cantoras preferidas, foi um dos melhores concertos que já vi... é uma mulher com uma força nas palavras, na voz, na presença, no olhar, dá-nos qualquer coisa de inspirador para revolucionar-nos o mundo... dá-nos para acreditarmos que o conseguimos fazer...
Apesar de achar que, mesmo que seja muito bom, um segundo concerto de algo que nos marcou tanto nunca deve ser tão mágico, estou cheiiinha de inveja da Arte-i-factos, do Coma e da Sofia que lá vão estar... tragam-me um pouco dessa magia...
Para quem ainda não acredita, aqui ficam alguns artigos sobre ela, SUPA SISTA :)
Ursula R
"A verdade será sempre acessível, quando os olhos, ouvidos e mente estiverem abertos para amar. Só a verdade pode salvar um mundo em estilhaços e, talvez por isso, Ursula Rucker ao terceiro disco se tenha virado para as raízes onde a sua poesia cresce e a música se confunde com a verdade da História negra, Prince, Marvin, Stevie, Gil Scott-Heron, Coltrane, James Baldwin, Brown, Basquiat ou Frida Kahlo. Todos são convocados, mas continua a ser a voz de Ursula a revelar o segredo que se descobre nas palavras que vão do fundo da alma ao fundo da História. O seu novo álbum “Ma´at Mama”, invoca o princípio da antiguidade egípcia que estabelece o equilíbrio e ordem universais através da verdade. E Ursula Rucker despe o mundo com as suas palavras, como despe a sua música para encontrar, hoje, a verdade das suas raízes.
Recorrendo aos conhecimentos do baixista, produtor e compositor Anthony Tidd (elemento da comunidade M-base do saxofonista Steve Coleman), como de outros novos elementos conspirativos da comunidade electrónica, “Ma’at Mama” cruza hiphop, soul, jazz e percussões afro, no mais crú e directo dos três álbuns dapoeta-cantora. A “supa sista” tornou-se “Ma´at Mama”, mas não perdeu acapacidade de cantar a alma do mundo, como se da sua própria falasse."
Tiago Santos
Luxmail
Ursula Rucker - Portugal está no trilho da profecia
"Depois de um excelente segundo álbum, meticulosamente analisado na primeira edição da rua de baixo (ver artigo relacionado), Ursula Rucker regressa com“Ma`at Mama” que, embora continue a evidenciar a natural tendência para o spokenword, apresenta-se como um disco ainda mais urbano, utilizando da melhor forma balanços instrumentais hip-hop, downtempo e jazzy.
Liricamente Ursula continua “sem papas na língua”. Os temas abordados nos discos anteriores continuam a servir de mote para grande parte dos “poemas” de “Ma`at Mama”, designação retirada de um antigo princípio Egípcio, “a fundação da ordem e balanço universal”.
Racismo, pobreza, emancipação da mulher, capitalismo, mentira, hip-hop, amor e sexualidade, são alguns dos temas que explora no decorrer dos 15 temas do disco, através de um discurso “cru”, por vezes muito duro, mas sempre “verdadeiro”, que retrata as suas próprias vivências e funciona como um autêntico manual (ou Bíblia se preferirem).
Pelo meio, existem ainda passagens por alguns dos mais recentes êxitos da música “negra” mainstream («Hot in Here»-Nelly e «Hollaback Girl»-Gwen Stefani, por exemplo), bem como algumas referências nostálgicas das raízes do hip-hop (“When hip-hop was funky ... when hip-hop was life”, em «Church Party»).
Uma última nota para o tema “Libations”, onde Ursula Rucker cita uma enorme lista de “personalidades” e figuras, nossas antepassadas, pedindo-lhes para“olhar por todos nós”. Nessa lista encontramos Amália e “Ferdinand Paseo” ?? Embora Ursula já tenha pedido desculpa pelo erro (numa recente entrevista), não deixa de ser uma falha que ficou registada em disco e que é importante registar.
Se puderem, não deixem de assistir a esta “senhora” ao vivo, porque vale mesmo apena."
Pedro Marques
WWW.RUADEBAIXO.COM
p.s. e não me digam que não é parecida com a Frida Kahlo...
Imagens retiradas daqui e daqui

3 Comments:

Blogger arte-i-factos tem a dizer o seguinte...

tenho a certeza que me vou arrepiar outra vez...mas vais-me fazer falta

6:35 da tarde  
Blogger Floppy tem a dizer o seguinte...

Como é que foi???

8:47 da manhã  
Blogger arte-i-factos tem a dizer o seguinte...

Foi MUITO BOM!
Deu para arrepiar, rir, reflectir...Ela voltou mais os seus músicos 4 vezes!! e ainda ficou a dar autografos, muito descontraída, no palco.

9:43 da manhã  

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