segunda-feira, dezembro 12, 2005

O que é o Manjericão?

"De longe, a mais querida e usada erva das melhores culinárias do mundo. Símbolo, ao mesmo tempo, de ódio, amor e fertilidade.
Membro da mesma família da menta, o Manjericão é dono de uma história que – por si só – é digna de um livro inteiro, tão envolta em mistérios e lendas como a de nenhuma outra planta.
Seu nome botânico - Ocimum basilicum – deriva, provavelmente, do basilisk: uma criatura de olhar penetrante e fatal, meio lagarto, meio dragão, da mitologia grega. A folha do manjericão era tida, na lenda, como o antídoto para o olhar, o bafo ou mesmo a mordida do terrível monstro. Da fábula, acabou nascendo, e permanecendo por séculos, a fama do manjericão como antídoto para mordidas dos mais variados animais venenosos.
Até sua origem é envolta em algum mistério. Provavelmente, é nativo da Índia mas registos do primeiro milênio da era cristã já indicam o uso do manjericão na região de Hunan na China. Por outro lado, suas propriedades conservantes já eram conhecidas desde o Egipto Antigo onde era usado no embalsamamento e preservação das múmias. Na Índia, o manjericão é consagrado ao deus Vishnu, cuja esposa Tulasi teria vindo à Terra na forma da planta. Por isso, em algumas regiões o manjericão é intocável para os Hindus. Em outras é costume carregar uma folha de manjericão ao peito, sobre o coração. Na antiga Grécia, era conhecido como basilikon phuton, ou erva real, magnificente.
Estranhas tradições não faltam. Ainda na Grécia, acreditava-se que para o produzir um manjericão mais vigoroso e forte, era útil – e tornou-se costume – declamar, arengar e rogar pragas para as pobres sementes durante a semeadura. Daí a expressão francesa “semer le basilic”, até hoje usada para se referir a quem costuma caluniar ou difamar os outros.
Símbolo de ódio na Roma Antiga, converteu-se, posteriormente, na mesma Itália, em símbolo de amor, onde era costume as jovens donzelas usarem um ramo de manjericão à orelha como sinal do seu desejo de noivar. E, em muitas religiões, é utilizado em rituais como símbolo de fertilidade.
Em certas regiões da Roménia, reza a tradição que se um jovem aceita o ramo de manjericão de uma moça, eles ficam noivos, começando logo a tratar do casamento.
Existem de cerca de 60 variedades diferentes de manjericão em diferentes nuances de sabor.
Seu sabor aromático, suave e levemente picante é o complemento ideal para tudo que leva cebolas, óregãos, alho ou azeite. Nada, por outro lado, combina melhor com tomates que o manjericão, sua “alma gémea” culinária. Não é à toa que o manjericão impera incólume por séculos nos melhores pratos das cozinhas Italiana e Francesa. Do pesto ao molho de spaghetti, da pizza às mais variadas sobremesas, passando por carnes, ovos e sanduíches.
O manjericão é conhecido por estimular o apetite, combater a flatulência e disenterias. Tem propriedades analgésica, anti-séptica e calmante.
Por suas deliciosas propriedades aromáticas vem, cada vez mais, sendo usado na produção de incensos, remédios holísticos herbais e na indústria da perfumaria."
Texto retirado daqui
Foto retirada daqui